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Lágrimas, terra e crisântemo 

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Lágrimas, terra e crisântemo, 2022

Lençol embebido no cheiro de luto

13˚ Bienal do Mercosul

Suspenso diante do rio Guaíba, um lençol impregnado com o cheiro do luto balança ao vento. O movimento delicado do tecido faz com que o perfume se espalhe pelo espaço, ativando uma experiência sensorial silenciosa, íntima e coletiva.

A obra parte da cama, esse espaço de proteção, sonho e encontro, mas também de dor, solidão e ruptura como metáfora para os afetos que ali se depositam. É no lençol que repousamos, que choramos, que nos desfazemos. Ele absorve não apenas o corpo, mas as marcas do que já não está.

Nos últimos anos, vivemos um luto compartilhado. Para mim, como para tantos, a perda foi agravada pela impossibilidade do adeus. A ausência do ritual, do toque final, do último olhar.

Lágrimas, terra e crisântemo é, assim, uma tentativa de tornar sensível essa ausência,  um gesto de despedida tardia que carrega, no cheiro, fragmentos de dor, memória, desejo e esperança.

A obra foi finalista na categoria Sadakichi de Trabalho Experimental com Cheiros na 9ª edição do Art and Olfaction Awards (2025), realizada em Los Angeles.

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Fotos: Thiéle Elissa,
Anderson Astor e Marcelo Curia / Terramar Imagem e Conteúdo

Apoio: Givaudan 
Comissionado por Bienal do Mercosul

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