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Lágrimas, terra e crisântemo 

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Lágrimas, terra e crisântemo, 2022

Lençol embebido no cheiro de luto

13˚ Bienal do Mercosul

Em “Lágrimas, terra e crisântemo” um lençol embebido em cheiro de luto pende de um varal em frente ao rio Guaíba enquanto um cheiro delicado permeia o espaço através do movimento do lençol provocado pelo vento.

 

A utilização do lençol como veículo do perfume faz referência à cama, lugar do encontro amoroso, do repouso e da ruptura com a realidade. É lá que sonhamos e nos protegemos do mundo, de suas exigências e tormentos. Porém, é também aí que choramos, sentimos dores intensas, expomos nosso lado mais íntimo e frágil.

 

Nos últimos anos vivemos um luto coletivo. E, pelo menos para mim, minha relação com a cama não era de sonhos. Como muitos, perdi alguém e, tão dolorosa quanto a perda, foi a impossibilidade de me despedir. O Ritual da Despedida.

 

Nesse sentido, a obra “Lágrimas, terra e crisântemo” buscou transmitir um pouco da dor, mas também desejos, esperanças, memórias e a presença etérea de um adeus.

Esta obra foi finalista na categoria Sadakichi de Trabalho Experimental com Cheiros da 9ª edição do Art and Olfaction Awards

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Fotos: Thiéle Elissa,
Anderson Astor e Marcelo Curia / Terramar Imagem e Conteúdo

Apoio: Givaudan 
Comissionado por Bienal do Mercosul

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